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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Os Melhores filmes Indie

Os fãs do cinema indie estão muito felizes com os últimos anos. O cinema independente naturalmente se refere as restrições orçamentais, e/ou indicar a independência dos grandes sistemas de estúdio. No entanto, para muitos o Indie é simplesmente um estado de espirito, um espírito estranho, e com uma dedicação a estranheza em vez a convenção dos Blockbusters.

Nessa lista temos 10 filmes que abrangem tons muito diferentes, estilos e gêneros, no entanto todos carregam a identidade indie.   


Corrente do Mal

É um grande prazer assistir a uma produção de terror deste nível. No momento em que o cinema de gênero explora à exaustão as mesmas fórmulas e as mesmas representações conservadoras de homens e mulheres, este filme demonstra como o cinema de horror ainda pode criar algo original, crítico e realmente assustador. Corrente do Mal é digno dos grandes clássicos de gênero. Um filme de apelo comercial e artístico, político e estético, que honra os cânones enquanto busca seus aspectos menos explorados.
Tangerina

Filmado inteiramente com uma câmera de celular (na verdade, três aparelhos iPhones 5s), Tangerine, o filme queridinho das temporadas de premiação do cinema independente (eleita a melhor ficção de temática LGBT no último Festival do Rio), é um projeto arriscado do jovem realizador Sean Baker; um divertido conto de Natal às avessas (com uma pontinha de melancolia), apoiado em atuações... “bafônicas” (termo para entrar no clima dessa produção).

Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência

Conceitualmente muito bem definido e dividido em 39 esquetes (para um filme de 1h40, ou seja, média de 2,5 minutos para cada uma), Um Pombo... é um filme incomum e também necessário, por mais esta vertente apresentada dentro da narrativa cinematográfica. Trata-se de um filme repleto de situações insólitas onde tudo o que acontece na tela é relevante, já que pode retornar numa esquete futura, mas que peca por uma certa irregularidade, normal em filmes episódicos, e também por este contraste brusco em sua reta final. Ainda assim, merece ser visto pelo formato inusitado e por algumas tiradas impagáveis.
The Duke of Burgundy

Duas mulheres envolvidas em uma elaborada fantasia de dominação e submissão. Evelyn (Chiara D'Anna), a mais nova, é uma empregada doméstica tímida e hesitante. Já Cynthia (Sidse Babett Knudsen), uma senhora de meia-idade, é a dona da casa que manda uma série de instruções e punições humilhantes a jovem. Tudo parte de um jogo no qual Evelyn se mostra a mais entusiasmada. As duas amantes também assistem a seminários na universidade local sobre o ciclo de vida de borboletas e mariposas. Mas a relação começa a entrar em crise quando Cynthia demonstra sinais de desgaste, uma falha que vai testar os limites dessa situação.
Amy

Amy, o documentário, é uma celebração sobre quem foi Amy Winehouse que com certeza agradará aos fãs e, também, consegue apresentá-la aos leigos com competência. Mas, assim como fez em Senna, quando usou o piloto brasileiro para ressaltar a politicagem existente nos bastidores da Fórmula 1, o diretor Asif Kapadia vai além disto. Muito bom filme, não apenas pelo retrato feito da cantora, mas também do mundo à nossa volta. Afinal de contas, Amy se foi, mas a mídia, e o público que a consome, continuam.

Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer

É um filme inteligente que foge dos clichês e de filmes com a premissa do câncer, o filme é inteligente pelos enquadramentos da câmera, pelas piadas e referências ao mundo pop ao cinema e até os momentos mais simples têm sua imensa esperteza e genialidade por trás.

Slow West

No século XIX o jovem Jay Cavendish (Kodi Smit-McPhee) cruza os Estados Unidos em busca de sua amada, que fugiu para terras distantes após ser acusada de cometer um crime. Nesta imprevisível jornada ele conta com a companhia de Silas Selleck (Michael Fassbender), um misterioso caubói.

Ex-Machina: Instinto Artificial

Uma ficção científica passada nos tempos de hoje. Não estamos no espaço, as cores não são azuladas, não se defende o patriotismo ou a honra americana. Não existem monstros. Aliás, não existem mocinhos nem vilões: são apenas três personagens principais em cena, durante quase duas horas. Esta premissa é suficiente para chamar atenção a Ex_Machina: Instinto Artificial, mas o interesse do projeto vai além, tanto pela complexidade dos temas quanto pela beleza das imagens. O jovem diretor Alex Garland faz uma estreia cinematográfica magistral, prova de que não são necessários explosões, efeitos especiais e mundos fantásticos para estimular uma reflexão sobre a natureza humana diante da tecnologia. Este é, certamente, um dos melhores filmes de 2015 que, por alguma aberração do mercado cinematográfico brasileiro, foi lançado diretamente em DVD.

Garotas

O drama Garotas examina uma parcela bem específica da sociedade francesa: as adolescentes negras dos subúrbios franceses. Marieme (Karidja Touré), de 16 anos, combina diversas marcas de exclusão social: é negra, mulher, pobre, morando em bairros de predominância muçulmana ou católica conservadora. A jovem é vítima de um sistema de ensino pouco compreensivo, de uma família dilacerada e ausente, e da falta de oportunidades profissionais.

45 Anos

45 Years traz uma cena de encerramento magnífica, daquelas capazes de marcar o espectador e deixar o público colado à cadeira muito tempo após o fim da sessão. Embora Tom Courtenay tenha uma interpretação competente (fazendo um homem atrapalhado, mas amoroso), é Charlotte Rampling quem brilha. A atriz já apresentou os seus talentos dramáticos em diversos dramas (como Sob a Areia, Em Direção ao Sul, Jovem e Bela), mas em 45 Years ela consegue se superar. O diretor cola a câmera no corpo da atriz o tempo inteiro, e na última cena, em particular, a sua atuação é assombrosa. Este momento deve ter parecido simples no roteiro, mas Rampling o transforma em uma cena incrível, tocante e assustadora ao mesmo tempo. Alguns minutos que, por si só, já valem um filme inteiro.
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