domingo, 10 de janeiro de 2016

Opinião: Os sonhadores até onde vai o Amor entre irmãos

Em um dos melhores filmes de Bertolucci somos apresentados a três jovens sonhadores Matthew, Theo e Isabelle. Matthew cinéfilo norte-americano se entrega do começo ao fim para envolver-se na profunda e incansável relação dos irmãos. A relação de Theo e Isabelle nos revela um incesto mais poético do que carnal mais profundo e ambíguo do que podemos compreender. Bertolucci nos apresenta a uma França de revoluções, arte e política nos revela a grandiosidade busca pela liberdade e crescimento de jovens que desejam lutar por seus direitos políticos ou artísticos mesmo que em grande parte da exibição Bertolucci nos apresenta grandes jovens que desejam, mas apenas desejam pois não brigam por seus direitos e sim continuam sentados em suas casas luxuosas bebendo vinhos caros.
A Relação dos três é tão delicada que em uma conversa entre Matthew e Theo enquanto Isabelle está dormindo, Matthew fala que os irmãos são como partes de um único ser e que gostaria de fazer parte dessa grande relação, mas Theo logo diz que não tem nenhum significado Matthew ser o terceiro da relação.

Matthew se torna tão importante quanto os irmãos, a relação de Isabelle e Matthew cresce a cada minuto, entretanto a relação homoafetiva com Theo não chega a ser estabelecida por uma censura realizada pela irmã (Mesmo que no livro The Holy Innocents é mais do que estabelecida essa relação).
Os Sonhadores de Bertolucci não se estabelece apenas na relação e conflitos entre os Irmãos e Matthew. Temos também um conflito  em torno dos pais grandes chaves da conduta seguida pelos irmãos quase sempre tais comportamentos são realizados como meio de provocar eles, temos no final do filme uma cena em que os irmãos estão nus com Matthew, e seus pais chegam em casa após visualizarem tal cena deixam um cheque e logo deixam a casa, talvez tal comportamento foi realizado para não construir um novo conflito em uma família tão desestruturada.

Bertolucci nos apresenta uma obra-prima que nos cativa e emociona, um filme para assistir com total liberdade pois com preconceitos não conseguimos compreender a belíssima obra de um mestre do cinema mundial. 
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