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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Opinião: Eu matei a minha mãe (J'ai tué ma mère)

Eu matei a minha mãe (J'ai tué ma mère)

J'ai tué ma mère é um filme Canadense de 2009, dirigido por Xavier Dolan, que por sua vez também atua como protagonista da história. O filme retrata os altos e baixos em uma relação entre mãe – Chantale (Anne Dorval), e seu filho Hubert (Xavier Dolan).
Hubert um jovem de 16 anos, cheio de atitude e gênio forte, tem em mente que odeia sua mãe, odeia seus gostos exóticos para decoração de casa com estampas de bicho, seu jeito imaturo, deselegante, até o jeito que ela come pão deixando com que o requeijão suje seu rosto o incomoda.
Chantale cuida de seu filho sozinha, desde o divórcio, e responde as ignorâncias do filho à altura, dificultando ainda mais a relação afetuosa que existia entre eles no tempo em Hubert era criança.
Hubert é homossexual, de alguma forma, esse filme é uma autobiografia sobre Dolan, pois seu roteiro é baseado em sua vida real, a homossexualidade, as novas descobertas, os dramas, e a relação conturbada que tinha com sua mãe, fazendo assim com que a atuação seja mais próxima da realidade, com expressões, e diálogos intensos que refletem muitas da atitudes que as vezes tomamos em casa, nos personagens da trama.
Afinal, quem nunca brigou com sua mãe, ao ponto de dizer que a odeia?, E por isso que é interessante, a intensidade da raiva do filho, jogando milhares de verdades na cara da mãe, e ela ao invés de escutar, sempre falava enquanto o filho estava fazendo seus discursos de como a odiava, essa era sua forma de defesa, coisa que nos faz gostar da personagem, que mesmo entre tapas e beijos, ama e faz de tudo pelo bem de sua cria.
Várias coisas vão acontecendo ao decorrer do filme, como as descobertas de Hubert sobre seus sentimentos em relação a mãe e ao mundo, se lado artístico floresce, e com ele sua vontade de ser independente, coisa que acontece com qualquer adolescente nessa fase, pensando que é dono da verdade, podendo assim tomar conta do próprio nariz. Que tenta se aproximar dos pais e manter um elo de união, mas após ter suas ideias contrariadas fecha o semblante e não quer saber de absolutamente nada.

Chantale não é uma louca varrida, e muito menos uma mãe que não sabe cuidar do filho, ela apenas está tão perdida como ele, até por cuidar dele sozinho desde a separação, não possui autoridade e age como criança ao debater coisas importantes com o filho.
O filme é bem dirigido, cru, tem algumas falhas que são perdoáveis, e também investe em imagens e símbolos de Chantale que de início o telespectador pode estranhar, mas depois compreende que são idealizações da mente de Hubert, muito engraçadas por sinal. Ótimo para nós filhos, sempre tão “incompreendidos”, e principalmente para os adolescentes que odeiam suas mães às vezes, mas sobretudo, amamos de todo o coração. 
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