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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Os Diretores perfeccionistas ou tiranos

O novo filme do cineasta David Fincher - "Garota Exemplar" - é uma saga sombria sobre manipulação, crueldade e loucura. Essa descrição é sobre os temas abordados no filme, mas pode servir também para retratar o processo de criação do longa-metragem.

David Fincher

Fincher é conhecido por ser perfeccionista, e gosta de filmar a mesma sequência dezenas de vezes - levando todos do elenco da produção ao limite da exaustão. Em "Clube da Luta", ele teria feito todo mundo trabalhar a noite toda - apenas para conseguir um "take" certo... de uma barra de sabonete.
Já em Zodíaco Fincher não apenas entrou em conflito com o jovem ator Jake Gyllenlhaal, no set, ele fez questão de humilhá-lo repetidamente. Além de fazer o ator regravar inúmeras vezes as mesmas cenas, com pouca direção sobre o que ele queria que Gyllenlhaal fizesse, ele às vezes dizia, ao alcance do ouvido do ator, para os câmeras "apagarem os últimos 10 takes", como uma forma de desanimar e desencorajar o ator, ele insistiu em 90 "takes" da mesma cena. Robert Downey Jr descreve Fincher como um "disciplinador". Jake Gyllenhaal teria ficado aos prantos no final do trabalho.
"Eu odeio atuações sisudas", disse certa vez o cineasta. "Geralmente lá pelo 'take 17' toda a sisudez já sumiu."
Charlie Chaplin

Charlie Chaplin fez, em média, 53 "takes" para cada cena filmada em "O Garoto". Ele próprio descrevia seu processo criativo como "perseverança extrema ao ponto de loucura".

James Cameron

O diretor de "Titanic", James Cameron, tem a mesma fama. As pessoas que trabalharam com ele chegaram a fazer uma camiseta com os dizeres: "Você não me assusta. Eu trabalho para James Cameron".
Stanley Kubrick

Mas todos os padrões de "tirania" são pequenos quando se compara com o método de trabalho de Stanley Kubrick. O filme "De Olhos Bem Fechados" levou 400 dias para ser filmado - um recorde na indústria. Dois dias foram gastos apenas para uma pequena cena que mostra Sydney Pollack entrando em um escritório.

Para muitos de nós, isso parece extravagância ou até mesmo um instinto sádico. Esses diretores são mesmo malucos com instintos escravagistas, como costumam ser retratados? Ou são apenas perfeccionistas atentos a todos os pequenos detalhes, com altos padrões de qualidade?

domingo, 17 de janeiro de 2016

As Melhores Performances vencedoras do Oscar por Melhor Ator - Parte 2

É o escritor e o diretor que criam o personagem com seus vícios, virtudes, pontos fortes e pontos fracos e suas paixões, mas o personagem só nasce quando um verdadeiro ator consegue pegar a visão dos criadores e criar um ser humano colocando emoções e peso em todos os seus sentimentos. Os prêmios do Academia são entregues uma vez por ano, embora muitos dos escolhidos podem ser negligenciados, há grandes e merecidas performances que merecem os seus devidos prêmios.

Gregory Peck como Atticus Finch (O Sol é Para Todos, 1962)

Peck na pele de Atticus é meticuloso ao compor um personagem absolutamente íntegro, com um olhar sempre atencioso e compreensivo. Jamais oprime os filhos, apenas os repreende quando necessário – e, mesmo assim, delicadamente.

Phillip Seymour Hoffman como Truman Capote (Capote, 2005)

Phillip Seymour Hoffman já fazia parte da indústria há um bom tempo antes de atuar em Capote, tendo inclusive chamado a atenção da mídia por suas atuações em produções como Jogada de Risco, Boogie Nights, O Grande Lebowski, Magnólia, e O Talentoso Ripley. Mas foi com capote que o ator recebeu o devido reconhecimento por sua clara versatilidade, versatilidade esta que se torna impossível negar após assistir Capote. Muitos dizem que a composição do ator para interpretar Truman Capote é uma das mais completas já vistas no cinema, e quem já assistiu o filme sabe que tal afirmação está longe de ser um exagero. Desde os trejeitos efeminados, passando pela voz fina e carregada de monotonia e chegando até o humor afiadíssimo, Hoffman não apenas reproduz a figura de Capote nas telas, mas se torna o próprio. As nuances, os olhares, os movimentos, tudo é perfeitamente calibrado pelo ator para alcançar o máximo de naturalidade possível, algo que é alcançado com êxito. É como se tivéssemos o próprio Capote, em pessoa, em nossa frente. Um trabalho fenomenal de incorporação uma personalidade de características próprias e singulares.

George C. Scott como General George S. Patton (Patton, rebelde ou Herói? 1970)

George C. Scott encarna o Gel. Patton com segurança, tornando-o carismático, e despertando respeito e compaixão pelo protagonista, além de divertir em vários momentos graças à sua língua solta e afiada, que sempre o bota em complicações cada vez maiores.

Kevin Spacey como Lester Burnham (Beleza Americana, 1999)

Kevin Spacey, porém, é o grande responsável pelo sucesso de Beleza Americana: não há um único momento em que a `saga` de Lester soa falsamente - apesar do absurdo de algumas situações. Sua letargia inicial é convincentemente substituída por um cinismo hilariante, para finalmente ceder espaço à serenidade absoluta. A expressão no rosto do ator quando a adolescente Angela lhe revela que sua filha está amando representa, por si só, um dos momentos mais tocantes já vistos no cinema em anos. Quando ele finalmente diz `Bom para ela`, o último movimento de sua transformação opera-se: Lester enfim percebe que a felicidade sempre esteve ao seu alcance - sua frustração é que o impedia de conscientizar-se disso.

Anthony Hopkins como Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, 1991)

Anthony Hopkins – que então se consagra definitivamente – recebe Starling como Hannibal e faz de sua interpretação um marco memorável do cinema. A expressão vazia abriga o olhar fixo, a camuflar as intenções de uma mente brilhante. Hannibal passa a brincar de gato e rato com a agente do FBI, através de um diálogo cheio de meias palavras e duplas intenções. É esse ataque e defesa, com dois atacantes e dois defensores, que vira o jogo e faz de Lecter o centro das admirações enquanto mantém a empatia entre a perplexa Starling e o chocado espectador

Peter Finch como Howard Beale (Rede de Intrigas, 1976)

Howard Bale ficou a cargo de Peter Finch, que por muitos anos fora lembrado como o único ator a conquistar um Oscar póstumo, – ele falecera no ano seguinte ao lançamento, de ataque do coração. Esta ocasião só fora igualada em 2009, por Heath Ledger e seu Coringa macabro de Batman - O Cavaleiro das Trevas. Assim como Ledger, Finch realmente faz por merecer o prêmio, encenando quase teatralmente as profecias do novo messias tecnológico, onde a grande ironia percorria em sua mensagem: “desliguem as TVs”, sem ter a noção de que isso só atraía mais seguidores para seus espetáculos.

Geoffrey Rush como David Helfgott (Shine, 1996)


A performance de Rush, que quando chega, torna-se o atrativo principal do longa-metragem. Dono de uma eloquência efusiva, o personagem segundo o ator é um homem que mantém seu talento insuspeito com seus modos carismáticos, porém não muito sociáveis. Encurvado, com a mãos penduradas e o olhar sempre baixo, é como se David tivesse ficado paralisado para sempre no banco de um piano. No entanto, Rush jamais deixa que o personagem se torne uma caricatura e insere traços de humanidade e grande inteligência em sua composição.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

As Melhores Performances vencedoras do Oscar por Melhor Ator - Parte 1

 É o escritor e o diretor que criam o personagem com seus vícios, virtudes, pontos fortes e pontos fracos e suas paixões, mas o personagem só nasce quando um verdadeiro ator consegue pegar a visão dos criadores e criar um ser humano colocando emoções e peso em todos os seus sentimentos. Os prêmios do Academia são entregues uma vez por ano, embora muitos dos escolhidos podem ser negligenciados, há grandes e merecidas performances que merecem os seus devidos prêmios.

Daniel Day Lewis como Daniel Plainview (Sangue negro, 2007)

Daniel Day-Lewis brilha o filme todo, contra um cenário árido, desértico e ensolarado das inóspitas localizações onde o filme é rodado, especialmente na cidade de Little Boston, que se transforma completamente graças a Plainview. O ator dá um show, o que já era de se esperar. O personagem é deveras complexo e Lewis o traz à vida com muita facilidade, colocando trejeitos, expressões duras, movimentos específicos e sua voz soa muito condizente com o personagem. É uma atuação bastante verdadeira, sem truques, que me fez acreditar naquele homem e até mesmo compreendê-lo em seus diversos momentos de uma insanidade justificada.

Marlon Brando como Terry Malloy (Sindicato de Ladrões, 1954)

A atuação de Brando neste filme é comumente apontada como marco do cinema, sobretudo por cristalizar e consolidar no cinema o método de atuação que vinha ganhando espaço nos EUA, especialmente em Nova York, onde o Actor’s Studio e o Group Theatre davam continuidade as ideias propostas pelo teatrólogo Constantin Stanislavski. Brando, que era discípulo do Actor’s Studio e do método de atuação realista de Lee Strasberg, trazia no filme à tona sua experiência pessoal, a sua emoção de indivíduo para o personagem, algo que conferiu um tocante senso de “verdade” e “realidade” para as atuações do filme, em especial na sequência na qual ele e Rod Steiger conversam no banco de trás de um táxi. Já na concepção do personagem já é possível notar paralelos com o Neo-Realismo. No italiano Ladrões de Bicicleta (1948), para exemplificar, o protagonista, igualmente um empregado da classe operária sem perspectiva alguma de vida, vê em meio a crise o dilema, de seguir honesto ou aderir ao crime, a corrupção, tendo de arcar com as consequências impostas pelas circunstâncias do contexto em ambas as escolhas.

Jack Nicholson como Randall McMurphy (Um Estranho no Ninho, 1975)

Jack Nicholson está simplesmente irretocável como protagonista, é difícil imaginar outro ator a compor Randle, todas as nuances de seu personagem, aquela loucura, o humor, a irreverência e o carisma, com certeza, um dos melhores momentos de Nicholson no cinema.

Robert De Niro como Jake LaMotta (Touro Indomável, 1980)

De Niro, no personagem de sua vida. O ator fez um trabalho inacreditável. O modo como ele batia, a fúria, seu jeito grotesco de ser com a família.... Tudo está no seu mais perfeito lugar, na melhor interpretação de toda a sua carreira. Até mesmo se submeter a engordar vinte e cinco quilos para interpretar La Motta em sua fase aposentada ele se submeteu. Mas isso não é novidade nenhuma, uma vez que o ator sempre se entrega aos personagens durante suas preparações.

Sir Ben Kingsley como Mahatma Gandhi (Gandhi, 1982)

Kingsley é firme quando necessário, como no julgamento em que desafia o juiz, dizendo que não vai pagar 100 rupias (seu olhar mostra claramente sua determinação em não fazê-lo), mas por outro lado, consegue transmitir a paz interior de Gandhi com enorme competência através da fala mansa e do olhar sempre sereno e pacifico. Observe como quando está mais velho sua fala se torna ainda mais pausada e lenta, assim como seu caminhar (e seu emagrecimento é também evidente).

Sean Penn como Jimmy Markum (Sobre Meninos e Lobos, 2003)

Neste filme, Penn passa por um leque enorme de emoções, desde o comum desejo de vingança até a desconfiança com relação a seus amigos. Todas elas vividas intensamente e com maestria pelo ator.

Dustin Hoffman como Ted Kramer (Kramer vs Kramer, 1979)

 O Filme tem em seu elenco dois dos maiores atores do mundo Meryl Streep e Dustin Hoffman ambos conseguem mostrar a verdadeira interpretação, Hoffman é um verdadeiro pai nos mostra a complexidade de cada cena em uma performance singular, particularmente notável sendo verdadeiramente humano possuindo aspectos positivos e negativos como qualquer pessoa. Hoffman entendeu seu personagem com maestria.

Adrien Brody como Wladyslaw Szpilman (O Pianista, 2002)


Brody, que já é um tipo franzino naturalmente, realizou um trabalho físico de preparação para seu papel que está sendo pouco reconhecido. Conseguiu emagrecer vários quilos e passar, na real, por várias provações que seu personagem também passa durante o filme, como mergulhar a cabeça num balde de água cheia de sujeira para se alimentar. Além do esforço físico (no final do filme, ele está incrivelmente magro), toda sua interpretação artística é de tirar o chapéu. Uma pessoa simples, que é jogada num incrível acontecimento e tem de contar apenas com ele mesmo – e a sorte – para sobreviver. E imaginar que tudo isso aconteceu de fato é ainda mais impressionante. Adrien Brody é o dono da melhor interpretação de um ator em 2002.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

As belas atrizes cientistas de Hollywood

Hollywood nos presenteia com grandes e belas atrizes em performances memoráveis como o papel de Natalie Portman em Cisne Negro, mas além de ser uma das melhores atrizes dos últimos anos muitos não sabem que Portman é uma grande cientista; conheça belas e inteligentes atrizes cientistas. 
Hedy Lamarr

A mulher mais linda de Hollywood inventou técnicas militares, Hedy Lamarr, atriz habitualmente considerada como "a mulher mais linda em Hollywood", era uma cientista em paralelo. Ela inventou e patenteou uma técnica de direcionamento de torpedos chamada "salto de frequência", que frustrava tentativas de interferir com os sinais que mantinham os mísseis na rota.


Mayim Bialik

Quando ainda era adolescente, na década de 1990, Mayim Bialik foi o personagem-título da bem-sucedida série infantil Blossom. Hoje ela aparece em outra série de sucesso voltada para jovens um pouco mais velhos, The Big Bang Theory -- vivendo a adorável nerd Amy Farrah Fowler, neurobióloga e casual foco amoroso do físico misofóbico Sheldon Cooper. A atriz está contente com seu novo papel. Afinal, Bialik tem PhD pela UCLA em... neurobiologia. "Digo às pessoas que sou neurocientista e interpreto a mesma coisa na TV", diz Bialik.


Natalie Portman

Natalie Portman, recebeu o prêmio da Academia por sua atuação como Nina, uma bailarina mentalmente instável em Cisne Negro. Um dos detalhes menos conhecidos da precoce carreira de Portman é que, como aluna da Escola Syosset, em Long Island, no final da década de 1990, ela chegou até as semifinais da competição da Intel (Uma das mais dificeis do mundo).
 Para aqueles que sabem o quão exaustivo pode ser a preparação de um projeto digno de prêmio e dedicar centenas de horas de tempo "livre" à noite, em finais de semana e nas férias de verão, realizando uma pesquisa científica realmente original, enquanto seus amigos se ocupam com a adolescência, o feito é testemunho suficiente da autodisciplina e do foco de Portman.
 Em seguida, ela foi à Universidade de Harvard para estudar neurociência e evolução da mente."Eu lecionei em Harvard, Dartmouth e Vassar, e tive o privilégio de ensinar muitos jovens brilhantes", diz Abigail Baird, uma das mentoras de Portman em Harvard. "Mas muito poucos eram tão naturalmente brilhantes quanto Natalie, tinham tanta potência intelectual, ou se esforçavam tanto quanto ela. Ela não subestimava absolutamente nada".

Portman está entre os pouquíssimos atores de primeira linha que possuem importantes credenciais científicas -- prêmios, títulos acadêmicos, patentes e teoremas em seus nomes.
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