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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Opinião: O Túmulo dos Vagalumes (1988)

A Segunda Guerra mundial foi um massacre de fogo e carne, pessoas sofreram com perdas e mais perdas, os grandes vencedores Aliados contaram suas versões da terrível guerra, mas em uma guerra existe sempre dois lados e um deles é que apesar de tudo os dois lados passaram por grandes problemas. Túmulo dos Vagalumes é um filme singular único que mostra o outro lado da guerra em um país que já estava destruído e foi massacrado por bombas.
Com direção de Isao Takahata o estúdio Ghibli produz um filme belo e triste, a história nos mostra dois irmãos Seita e Setsuko que precisam passar por grandes problemas para sobreviver as consequências da guerra em um pais que não possui alimentos básicos. Seita precisa roubar para conseguir colocar comida no “lar”, a pequena Setsuko nos presenteia com sentimento de tristeza e felicidade, Setsuko é uma criança e uma criança precisa brincar.


Túmulo dos Vagalumes é uma animação para adultos uma história perfeita sobre as consequências de uma guerra, mostrando como as pessoas podem ser malvadas e egoístas. Takahata nos mostra os sentimentos mais terríveis da guerra, em seu filme já sabemos o final, mas não sabemos como chegaram a aquele momento. Túmulo dos Vagalumes é uma Obra prima de grandes proporções um filme único duro, belo e poderoso. 
Alguns críticos têm visto Túmulo dos Vagalumes como um filme anti-guerra, devido à representação gráfica e verdadeiramente emocional das consequências negativas da guerra sobre a sociedade e os indivíduos nele. O filme foca a sua atenção quase exclusivamente sobre as tragédias pessoais que a guerra dá lugar, em vez de tentar glamourizar isso como uma luta heroica entre as ideologias concorrentes. Ele enfatiza que a guerra é a falência da sociedade para cumprir o seu dever mais importante: proteger a sua inocência.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Opinião: Os sonhadores até onde vai o Amor entre irmãos

Em um dos melhores filmes de Bertolucci somos apresentados a três jovens sonhadores Matthew, Theo e Isabelle. Matthew cinéfilo norte-americano se entrega do começo ao fim para envolver-se na profunda e incansável relação dos irmãos. A relação de Theo e Isabelle nos revela um incesto mais poético do que carnal mais profundo e ambíguo do que podemos compreender. Bertolucci nos apresenta a uma França de revoluções, arte e política nos revela a grandiosidade busca pela liberdade e crescimento de jovens que desejam lutar por seus direitos políticos ou artísticos mesmo que em grande parte da exibição Bertolucci nos apresenta grandes jovens que desejam, mas apenas desejam pois não brigam por seus direitos e sim continuam sentados em suas casas luxuosas bebendo vinhos caros.
A Relação dos três é tão delicada que em uma conversa entre Matthew e Theo enquanto Isabelle está dormindo, Matthew fala que os irmãos são como partes de um único ser e que gostaria de fazer parte dessa grande relação, mas Theo logo diz que não tem nenhum significado Matthew ser o terceiro da relação.

Matthew se torna tão importante quanto os irmãos, a relação de Isabelle e Matthew cresce a cada minuto, entretanto a relação homoafetiva com Theo não chega a ser estabelecida por uma censura realizada pela irmã (Mesmo que no livro The Holy Innocents é mais do que estabelecida essa relação).
Os Sonhadores de Bertolucci não se estabelece apenas na relação e conflitos entre os Irmãos e Matthew. Temos também um conflito  em torno dos pais grandes chaves da conduta seguida pelos irmãos quase sempre tais comportamentos são realizados como meio de provocar eles, temos no final do filme uma cena em que os irmãos estão nus com Matthew, e seus pais chegam em casa após visualizarem tal cena deixam um cheque e logo deixam a casa, talvez tal comportamento foi realizado para não construir um novo conflito em uma família tão desestruturada.

Bertolucci nos apresenta uma obra-prima que nos cativa e emociona, um filme para assistir com total liberdade pois com preconceitos não conseguimos compreender a belíssima obra de um mestre do cinema mundial. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Opinião: Como esquecer - Não é ruim, mas também não é bom.

Como esquecer, filme brasileiro de 2010 retrata a história de Júlia (Ana Paula Arósio) e seus amigos Hugo e Lisa (respectivamente Murilo Rosa e Natalia Lage) três amigos que estão sofrendo; Júlia pela perda da namorada, Hugo pela perda do Namorado e Lisa por um futuro aborto que ocorre na trama, Os três amigos decidem morar juntos em uma casa destruída pelo tempo, a casa começa a ser reformada assim como a vida de cada um dos personagens o filme fala muito sobre o sofrimento da perda e de lembranças.
A protagonista é uma personagem complicada, que carece de carisma por sua forma dura de levar a vida. Apesar da atuação consistente de Ana Paula Arósio (O Coronel e o Lobisomem), fica difícil torcer por Júlia. A mesma sina acompanha quase todos personagens.

A exceção é Helena, a artista plástica vivida por Arieta Corrêa (Tudo Novo de Novo), que chega como uma esperança de dias melhores para a protagonista. Helena tem iniciativa e cria momentos muito bons quando flerta abertamente com Júlia. Com um ritmo muito lento talvez até necessário a história. Como esquecer é um filme diferente arrastado por uma trama melodramática que transmite apenas frases de grandes livros. Júlia em todo o momento possui um humor (negro, não podemos nem dizer que é humor negro, Júlia na verdade não possui humor apenas sofrimento) que percorre grande parte do filme em um dado momento flerta com a morte, mas ao invés de ressaltar ainda mais tal momento temos apenas uma cena bonita de Júlia ao chão com cacos de vidros.
Como esquecer não é um filme ruim é apenas subaproveitado, ainda por cima o espectador não precisa ser conduzido pela voz (Narrativa) de Arósio,


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Opinião: Eu matei a minha mãe (J'ai tué ma mère)

Eu matei a minha mãe (J'ai tué ma mère)

J'ai tué ma mère é um filme Canadense de 2009, dirigido por Xavier Dolan, que por sua vez também atua como protagonista da história. O filme retrata os altos e baixos em uma relação entre mãe – Chantale (Anne Dorval), e seu filho Hubert (Xavier Dolan).
Hubert um jovem de 16 anos, cheio de atitude e gênio forte, tem em mente que odeia sua mãe, odeia seus gostos exóticos para decoração de casa com estampas de bicho, seu jeito imaturo, deselegante, até o jeito que ela come pão deixando com que o requeijão suje seu rosto o incomoda.
Chantale cuida de seu filho sozinha, desde o divórcio, e responde as ignorâncias do filho à altura, dificultando ainda mais a relação afetuosa que existia entre eles no tempo em Hubert era criança.
Hubert é homossexual, de alguma forma, esse filme é uma autobiografia sobre Dolan, pois seu roteiro é baseado em sua vida real, a homossexualidade, as novas descobertas, os dramas, e a relação conturbada que tinha com sua mãe, fazendo assim com que a atuação seja mais próxima da realidade, com expressões, e diálogos intensos que refletem muitas da atitudes que as vezes tomamos em casa, nos personagens da trama.
Afinal, quem nunca brigou com sua mãe, ao ponto de dizer que a odeia?, E por isso que é interessante, a intensidade da raiva do filho, jogando milhares de verdades na cara da mãe, e ela ao invés de escutar, sempre falava enquanto o filho estava fazendo seus discursos de como a odiava, essa era sua forma de defesa, coisa que nos faz gostar da personagem, que mesmo entre tapas e beijos, ama e faz de tudo pelo bem de sua cria.
Várias coisas vão acontecendo ao decorrer do filme, como as descobertas de Hubert sobre seus sentimentos em relação a mãe e ao mundo, se lado artístico floresce, e com ele sua vontade de ser independente, coisa que acontece com qualquer adolescente nessa fase, pensando que é dono da verdade, podendo assim tomar conta do próprio nariz. Que tenta se aproximar dos pais e manter um elo de união, mas após ter suas ideias contrariadas fecha o semblante e não quer saber de absolutamente nada.

Chantale não é uma louca varrida, e muito menos uma mãe que não sabe cuidar do filho, ela apenas está tão perdida como ele, até por cuidar dele sozinho desde a separação, não possui autoridade e age como criança ao debater coisas importantes com o filho.
O filme é bem dirigido, cru, tem algumas falhas que são perdoáveis, e também investe em imagens e símbolos de Chantale que de início o telespectador pode estranhar, mas depois compreende que são idealizações da mente de Hubert, muito engraçadas por sinal. Ótimo para nós filhos, sempre tão “incompreendidos”, e principalmente para os adolescentes que odeiam suas mães às vezes, mas sobretudo, amamos de todo o coração. 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Opinião: Star Wars: O Despertar da Força/ Star Wars: The Force Awakens



Assisti hoje um dos melhores filmes do ano, Star Wars: O Despertar da Força nesse novo filme de uma das franquias mais famosas do cinema somos apresentados aos novos personagens Rey, Finn e Poe Dameron, respectivamente, interpretados por Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac. Star wars renasce com um filme poderoso com personagens profundos e sensíveis ao mesmo tempo que temos personagens novos e antigos aparecendo, temos uma guerra em ativa entre a Resistência (antiga Aliança Rebelde) contra a Primeira Ordem (antigo Império Galáctico).

A cada nova imagem somos apresentados a mais e mais informações, temos personagens novos importantíssimos, temos uma protagonista badass que chegou e vai abalar ainda mais com os futuros filmes da franquia. Para os fãs o momento nostalgia de Star Wars é apresentado em várias pitadas a cada instante os meus companheiros de cinema e eu gritávamos e aplaudíamos.
O Despertar da Força é completo é um filme que renova a franquia sem esquecer o passado, revela, mostra e transmite um reverencia incansável ao criador George Lucas, ao mesmo tempo em que reverencia os protagonistas Han Solo, Leia Organa, Darth Vader e Luke Skywalker, nos aponta uma nova direção com Rey, Finn e Poe Dameron. Não podemos esquecer também BB-8 um dos robôs que chegou e vai continuar por muito tempo na cultura pop mundial, levando o filme a momentos com humor, tristeza, BB-8 nasce como uma surpresa, totalmente sensível e acessível.

O Despertar da Força é profundo e sensível nos revela conflitos de família, com vilões que são tão profundos e incansáveis, que se apaixonamos, temos momentos de grande tristeza e sofrimento, grandes personagens nascem, crescem mais em algum momento precisam dizer adeus. 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Opinião: O Lobo de Wall Street - sexo, drogas e muito, muito, mas muito, dinheiro

Hoje iremos falar sobre mais uma parceria entre o diretor Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, O lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street), de 2013, baseado no livro best-seller de Jordan Belfort que leva o mesmo nome.

ALERTA DE SPOILER. 

É difícil falar desse filme sem se exaltar o descrevendo, pois todos os seus excessos são maravilhosos, ótimo roteiro, atuações melhores ainda, fazendo valer a pena as três horas de filme (Isso mesmo que você leu, três horas).
No ano de 1987 Jordan Belfort (DiCaprio), ainda humilde, simples e com poucas ambições na vida, vai trabalhar em uma empresa na Wall Street, tendo como chefe Mark Hanna interpretado por Matthew McConaughey. Mesmo com sua participação curta no filme, ele dá um show, sendo um dos responsáveis pela transformação do protagonista, Mark aconselha Jordan de várias formas afim de que ele consiga se estabelecer na empresa, tendo um progresso considerável, acompanhado de muitas drogas e masturbação (DUAS VEZES AO DIA) que aumentam sua autoconfiança. 

Após conseguir um cargo mais importante nessa empresa de corretor de valores, ela vem a falir e Jordan pensa em mudar de profissão, mas graças a sua esposa Teresa, que encontra um trabalho em um anúncio de jornal, continua no mesmo ramo, em um lugar mais simples e com corretores despreparados. Com isso, ele coloca em prática tudo o que aprendeu com seu Mark, surpreendendo e deixando todos da nova agência de queixo caído, e ganhando altas comissões por suas vendas.
Vendo o sucesso acontecendo na vida profissional de Jordan, Azoff, seu vizinho, se aproxima e eles logo começam uma amizade, abrindo sua própria corretora de valores com traficantes de drogas e outros colegas com pouca experiência. Vale lembrar que do pequeno dialogo que o personagem de Jonan Hill tem com Jordan sobre seu casamento com sua prima, mostra claramente como o ator evoluiu dos tempos de Superbad, onde era apenas um lindo gordinho tímido, e agora passa uma imagem mais madura, agressiva, confiante e engraçada.
A empresa cresce monstruosamente, com  muitas irregularidades, e fraudes que levantam o verdadeiro império de Jordan, fazendo tudo em sua vida mudar, trocando de esposa, casa, passando a ter um  comportamento extremamente explosivo e narcisista. Dando várias festas regadas a drogas, sexo, luxo, sendo que em uma delas ele conhece Naomi (Margot Robbie) por quem se apaixona e logo engata um casamento.
O FBI começa a investigar todas as fraudes da empresa de Jordan, e ele começa a fazer lavagem de dinheiro, levando dinheiro em uma conta na suíça, esquema esse que quase veem atona graças a uma briga que Azoff tem com um de seus colegas de trabalho, que o leva para a cadeia.

Azoff tenta dar a notícia da prisão do amigo para Jordan, mas antes disso, oferece Mandrix para Jordan, uma forte droga indiana que era usada para combater a insonia, mas que pode trazer altas alucinações depois de um tempo no organismo do indivíduo. Jordan recebe uma ligação de seu pai, que diz que seu advogado quer ter uma conversa séria, e que ele se dirigisse imediatamente a um telefone público, pois o seu havia sido grampeado pelo FBI. Falando ao telefone, as drogas começam a fazer efeito, e na volta para casa, há uma das cenas mais engraçadas do filme, em que Jordan tem uma forte paralisia, e sai feito louco dirigindo e ao chegar protagoniza uma briga com Azoff por causa da notícia da prisão, e da lavagem de dinheiro. Sinceramente, não consegui parar de rir com a situação, pois pelo fato de estarem totalmente alterados pelos efeitos da droga, não parecia uma briga de verdade, eles mal conseguiam ficar de pé e falar sem babosear.

Outros conflitos vão ocorrendo ao decorrer do filme, mostrando como esse “Bromance” entre Jordan e Azoff, é necessário para que exista um clima de comédia no filme, e a relação de amizade é super impactante do olhar do espectador que vê a admiração e submissão do personagem de Jonan Hill sobre o protagonista que mais parece amor do que uma simples amizade.
Continuando a falar sobre os fatos do filme, os dois vão para Itália com suas esposas, mas são obrigados a retornar imediatamente por causa de um problema na conta da suíça, e nisso, o barco onde viajavam é atingido por uma forte tempestade fatal.
Jordan é preso posteriormente na gravação de um comercial, e sua pena a ser cumprida é tão alta, que ele concorda a entregar seus companheiros para reduzir sua pena, através de gravações que seriam feitas em conversas informais. Mas mesmo assim ele tenta avisar seus colegas de que está com uma escuta.

Naomi pede o divórcio, a galera toda é presa, incluindo Jordan, e no final do filme após cumprir sua pena, ele dá palestras de empreendedorismo e vendas, ensinando táticas, “Me venda esta caneta”.

Esse é um dos meus filmes preferidos, por mais que seja extenso, alem de ser motivador, é engraçado com todos os seus excessos, DiCaprio e Jonan Hill atuam de uma formas tão convincente
 que mesmo se tratando de dois pilantras ao invés de heróis que salvam o mundo, os espectadores se apegam aos personagens, que são carismáticos querendo ou não. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas  deveria ter dado o Oscar à eles, mas enfim, outras chances de expor seus grandes dotes artísticos viram, e se você ainda não viu O lobo de Wall Street veja!!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Opinião: Clube da Luta - Sem dor, sem sacrifício, nós não teríamos nada.



 Fight club, ou Clube da Luta é um filme norte americano de 1999 dirigido por David Fincher. O elenco conta com grandes nomes como Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter.
ALERTA DE SPOILER.

O filme começa com a narração de Jack (Edward Norton), o protagonista que trabalha em uma companhia de carros, e tem um gravíssimo problema de insônia. Podemos perceber logo no começo que ele é um comprador compulsivo, seu apartamento parece mais um catálogo de revista, e trabalha somente para isso, não tem um sentido para viver, como uma máquina de consumo, e talvez daí se de o problema que encontra para dormir.
Ele resolve então ir ao médico que recusa passar qualquer medicação para solucionar o seu problema, a partir daí, começa então a ir a sessões de grupos de apoios, fingindo ter  doenças para se encaixar, e escutando conselhos de vida. Até que em uma dessas sessões encontra Marla (Helena Bonham Carter), que o incomoda, e ele negocia com ela para que eles frequentem as sessões em dias diferentes para evitar encontros desagraveis. Logo de cara podemos perceber que existe uma certa química entre os dois, mas Jack faz de tudo para negar isso, por julgar que ela seja uma mulher desequilibrada e estranha, mas eles se complementam de fato.

Em um voo de Negócios Jack encontra Tyler (Brad Pitty), um simpático vendedor de sabões, uma figura mesmo, bonito, interessante, mas que parece viver as margens da sociedade, desfrutando das tentações do mundo, diferente da vida certinha do nosso narrador.


Após chegar de viagem Jack se depara com seu apartamento destruído por uma explosão, então ele liga para Tyler que o convida para ficar em sua casa, e discorre sobre consumismo e como as coisas que Jack possui acabam o possuindo de alguma forma, nada diferente de nós hoje em dia, que vivemos a mercê de bens materiais e do status que estes nos trazem. Tyler pede para que ele dê um soco em seu rosto, acha super estranho mas não deixa de realizar o pedido, e assim vão ocorrendo outras lutas que vão atraindo outros homens.

Estes mudam para um lugar reservado, onde podem lutar sem ninguém saber, o “Clube da Luta”, tornando-se uma espécie de seita com as regras do Clube da Luta que todos que assistiram devem saber ao menos uma delas: "A primeira regra do clube da luta é: Você não fala a respeito. A segunda regra é: Você não fala a respeito...". O clube vai se espalhando de uma forma incrível, com muitos adeptos, e Tyler é o líder dessa grande organização secreta contra o capitalismo e consumismo voraz.

Tyler se envolve com Marla, e Jack fica mexido com a situação, mesmo negando a forte atração sentimental e física pela mulher. Tyler desaparece sem dar explicações, e Jack sai à sua procura e quando o encontra CABUUUUMMMM, descobre que ele é o seu próprio ego, eles são a mesma pessoa, Jack que explodiu seu próprio apartamento, criou o clube da luta batendo em sua própria face, Jack que transava loucamente com Marla. É nesse momento que você arregala seus olhos não acreditando no rumo que a trama está tomando, o que parecia ser um filme normal de homens sem camisa lutando desenrolou se até chegar nesse ponto. 

Ele desmaia, e quando acorda descobre que Tyler está organizando um plano para explodir edifícios que contem registros de empresas de cartão de crédito, tudo isso para sanar suas dívidas, Jack tenta denuncia-lo, mas a polícia está de acordo, e a partir daí ele mesmo tenta remediar a situação. Os dois lutam, e Jack acorda em um prédio que não está sob ameaça de bomba, na mira da arma que Tyler tem em mãos, mas ele pensa consigo, se ele está segurando a arma, e somos a mesma pessoa, ela na verdade está na minha mão, Jack dispara na própria boca, e nesse momento, eu particularmente chorei, porque pensei que o narrador tinha cometido o suicídio, mas ele apenas matou Tyler, seu ego destruidor. Marla chega ao local, e eles assistem os prédios explodirem de mãos dadas.
Fight Club é aquele filme que após acabar, surpreendente do começo ao fim quando você deita sua cabeça sobre o travesseiro fica pensando, poxa, mas que filme foi aquele!!. E também mostra como é vazia e medíocre a vida das pessoas que são verdadeiras máquinas de consumo, e é quando você se pergunta se todos nós somos Jack em nossa sociedade, comprando, comprando, vivendo em prol do dinheiro e esquecendo do que realmente é essencial na nossa vida.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Opinião: Ninfomaníaca até onde vai o Sexo (+18)

Obs: Antes de começar os videos presente nesse post possuem cenas de sexo explícito, então nada de clicar se você for menor de 18 anos!

 Bastante machucada e largada em um beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele a leva para sua casa, onde possa descansar e se recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida para Seligman a partir daí, Ninfomaníaca dirigido e escrito por Lars von Trier começa o filme que traz como tema central a vida de uma mulher viciada em sexo. 




Von Trier nos leva a conhecer Joe a partir de sua infância a velhice, o filme que conta com muitas cenas de sexo explícito nos leva a conhecer melhor como Joe é, mas tais cenas são apenas o meio através do qual a mensagem principal é transmitida: a busca em sentir algo, seja lá o que for.

Ninfomaníaca é divido em duas partes Volume 1 e 2, quando um faz perguntas o outro as desenvolve. O filme veio causando bastante polêmica pelo o tema abordado e por suas cenas de sexo realizada por Charlotte Gainsbourg e outros atores, O Volume 1 encanta pela ousadia. Ao explorar um tema tabu, ao trazer uma profunda análise emocional sobre algo que poderia facilmente ser banalizado, ao fazer graça em momentos surpreendentes, ao tirar o espectador do conforto de sua poltrona. Ou por momentos tão sutis, como o breve sorriso sacana de Stellan Skarsgård ao vislumbrar o passado de Joe.

Já o Volume 2 estabelece com mais clareza o papel de Joe sempre a busca em sentir algo e de Seligman assexuado que não possui conhecimento do mundo e do corpo pois não possui experiência em nenhuma das áreas. Além de Joe e Seligman, a segunda parte de ninfomaníaca nos apresenta ao misterioso K. (Jamie Bell) e L (Willem Dafoe), os dois são novidades no elenco e mandam muito bem. Principalmente K. (Jamie Bell) um sadomasoquista que é procurado por mulheres que querem ser violentamente abusadas.


O Volume 2 além de introduzir personagens novos, estabelece a relação de Joe e Jerome (Shia Labeouf), Joe agora precisa conciliar suas aventuras sexuais com a maternidade. Os dois capítulos da obra de Von Trier são belas e fortes em suas cenas e temática o filme não banaliza o tema e tenta humanizar as ações de Joe.

E não adianta querer encontrar explicações ocultas para a genialidade de Von Trier. Os 20 minutos finais são obra de um homem que tem muito talento, mas que fica feliz apenas em nos chocar, sem oferecer nada de mais profundo ou inteligente.

O luxuoso elenco de ninfomaníaca inclui Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Jamie Bell, Uma Thurman e Willem Dafoe entre outros o filme foi lançado aqui no Brasil em 2014.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Opinião: Trainspotting até o mundo das Drogas.

Trainspotting-Sem Limites (1996) é um filme Inglês dirigido por Danny Boyle e baseado no livro do escritor escocês Irvine Welsh, publicado em 1993 que leva o mesmo nome.
Hoje iremos falar sobre Trainspotting um clássico cult do cinema, que basicamente conta a história de um jovem chamado Mark Renton (Ewan McGregor)  viciado em heroína que mora na Escócia. Ele vive uma vida totalmente despreocupada ao lado de seus amigos Sick Boy, Tommy, Spud e Begbie. Mesmo com todos os benefícios, todas as viagens e outras dimensões, e a sensação de um orgasmos mil vezes mais forte que um orgasmo de verdade, resolve dar um basta e tentar ser uma pessoa normal como todas as outras.  
Antes de prosseguir, é interessante tentar compreender a vida daqueles jovens, não os tratando apenas como um bando de viciados vagabundos, se aprofundando e compreendendo a vida dos mesmos, se colocando no lugar deles, sem usar heroína é claro!!. Todos que já passaram ou irão passar pela juventude sabem que é uma das fases mas complicadas do ser humano, onde não sabemos realmente quem somos, passamos por crises existênciais e nos deparamos com um mundo que não é igual ao que idealizávamos quando eramos crianças, na verdade estudamos, trabalhamos onde somos remunerados e logo gastamos o dinheiro com coisas inúteis e por aí vai, todos os dias seguindo a mesma rotina massante, sem alegria e diversão. 



Renton e seus amigos não se conformam com essa vida medíocre, afinal eles são jovens que querem curtir a vida e os prazeres que ela oferece, mas como as drogas tem seus lados negativos, trazem muitos malefícios estes começam a sofrer muito com os efeitos colaterais da heroína. E o filme retrata isso, tudo de ruim que a droga pode trazer ao viciado e aos que estão a sua volta, e como é difícil largar quando já se experimentou a droga e existe uma dependêcia química e psicológica, através de cenas dramáticas e marcantes que ficam na cabeça da pessoa que está assistindo.

E com toda a comédia junto ao drama e os acontecimentos no decorrer do filme, você percebe que é melhor ter uma vida sossegada, sem animo e diversão do que escolher o caminho das drogas e ter um final trágico. Lembrando que esse filme não tem um final tão trágico comparando como o do filme Requiem for a Dream, onde os protagonistas são destruídos pela droga, e o telespectador sabe que não terá nenhuma esperança de melhora na vida. Transpotting acaba com aquela esperança, tomara que ele consiga sair realmente das drogas, que ele consiga ter um carro, televisão, um abridor de latas, enfim, quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando.

Se você ainda não assistiu esse filme, assista e lembre-se, “Escolha a vida” e não as drogas!


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