domingo, 7 de fevereiro de 2016

Os Melhores filmes da década de 70 - Parte 2

Confira a segunda parte da lista dos filmes com melhores notas dadas por pelo menos 10 mil usuários do site IMDb. Assim como eu, talvez você não concorde com tudo, mas certamente temos aí uma boa lista para escolhermos filmes para assistir.

Alien, o Oitavo Passageiro (1979)

Alienígena. Estranho. Fora da nossa compreensão. No horror sci-fi, o posto de renome que Alien ocupa pode-se explicar por todo o conceito que é proposto ao espectador. O nome, simples e sucinto, já evoca uma atmosera que o diretor Ridley Scott e o artista plástico H. R. Giger traduziram do roteiro de Dan O' Bannon, que atualizou seu roteiro da comédia Dark Star com elementos de suspense, drama e horror, apresentando um coral de personagens que, assim como no filme de Carpenter, tem diferentes formas de encarar a rotina solitária e alienante a bordo de uma nave comercial que reboca uma refinaria e minério de volta para a Terra.

Taxi Driver (1976)

O filme inquestionavelmente faz parte desse período mais sombrio e pesado de Hollywood, que abandona a leveza de sua era de ouro para tratar seriamente de temas mais seminais – violência, drogas, sexo, caos urbano, solidão, política e novos valores. Já nos fins da década anterior pipocavam títulos Como Perdidos na Noite e Sem Destino.  Na década seguinte a lista é quase infindável, indo de M.A.S.H. e Chinatown até o próprio Caminhos Perigosos de Scorsese. De qualquer forma, Taxi Driver é um filme que se inclui duplamente neste contexto. Não somente o filme é um caldeirão de toda a temática que vinha sendo abordada naquela década, como seu protagonista personificava toda a desilusão daquele sonho sessentista, de modo que sua personalidade continha características que simbolizavam todos os excessos da contracultura: era reacionário, obsessivo e anti-social.

A Clockwork Orange (1971)

A obra de Stanley Kubrick com um único filme é uma tarefa quase impossível em termos cinematográficos, sendo que o realizador que faleceu em 1999 e que nos deixou um registo de 15 filmes, todos eles convertidos em obras-primas. A verdade é que tal intocável filmografia faz dele uma lenda no seio cinematográfico, porém é o filme Clockwork Orange, realizado em 1971, a deter a posição de ícone no trabalho do artista. Trata-se do mais polémico dos seus filmes, uma adaptação à novela de Anthony Burgess, que obteve um êxito considerável, mas banido da circulação pelo próprio realizador durante 30 anos, talvez em influência das severas críticas que o seguiram.

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)

Se Monty Python em busca do cálice sagrado (Monty Python and the Holy Grail, de Terry Gilliam e Terry Jones) não for a comédia mais engraçada de todos os tempos, certamente figura numa seleta lista de pérolas do gênero. O resultado é uma cultuadíssima comédia nonsense, repleta de passagens antológicas, daquelas que rendem horas de boas risadas entre amigos. Indispensável.

Chinatown (1974)


Esta obra-prima de Roman Polanski, tida até os dias de hoje como um dos grandes triunfos do cinema norte-americano, simplesmente não apresenta falha alguma durante todos os seus 130 minutos de duração. É uma fita densa, instigante, moralmente complexa e cheia de pequenos e soturnos detalhes que permeiam um dos textos mais bem lapidados já escritos para o cinema, que, além de remeter diretamente aos não menos espetaculares roteiros dos principais trabalhos do período auge do filme noir, nas décadas de 1940 e 1950, ainda acrescenta ao subgênero uma série de elementos inéditos, que fazem deste um trabalho particularmente singular.
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