terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Os Melhores filmes da década de 70 - Parte 1

Confira a lista dos filmes com melhores notas dadas por pelo menos 10 mil usuários do site IMDb. Assim como eu, talvez você não concorde com tudo, mas certamente temos aí uma boa lista para escolhermos filmes para assistir.

O Poderoso Chefão (1972)

A técnica de O Poderoso Chefão é algo a frente de seu tempo. Além de ter alguns planos minuciosamente pensados, longos e cheios de significados, as luzes contribuem para um clima sempre quente e gostoso de se ver - mesmo com cenários bastante urbanos e sem serem necessariamente bonitos - com exceção da Sicília, linda. O diretor de fotografia Gordon Willis foi extremamente competente ao enquadrar um ambiente violento, que poderia soar gratuito, da forma delicada como Coppola queria. Nino Rota, fiel contribuidor de Fellini, ficou responsável pelo tema musical. Sinceramente, não há como pensar em O Poderoso Chefão e não lembrar dele. É forte, possui uma boa versatilidade, é tocado de diversas maneiras.... Ninguém menos que um bom italiano poderia captar a essência do roteiro e transformá-la em notas dessa forma.
"Um exemplo da força que o cinema da década de 1970 alcançou em termos de entretenimento, arte e até História. Talvez não seja o melhor, mas O Poderoso Chefão é um dos filmes mais importantes e influentes dessa época, e permanece muito relevante até hoje."
Por Heitor Romero do cineplayers.com

O Poderoso Chefão II (1974)

Coppola realiza sua primeira obra-prima (não desmerecendo a primeira parte da saga) que dá continuidade à história da família mais conhecida e consagrada da história do cinema: Os Corleone. Baseado na obra do escritor Mario Puzo (também co-roteirista), o diretor aplica estratégica e esteticamente a estrutura da narrativa paralela, filmando a origem e a sucessão de dois chefões que lideravam o clã dos Corleone. Desde o início do século XX, relata as raízes e motivações que formaram o primeiro “Don” – Vito Andolini Corleone – aos feitos de seu herdeiro Michael, ao nos revelar suas habilidades “gerenciais” e de “gestão”. Confrontando-se com problemas de “negócios”, que o tornaram no temido, odiado e solitário mafioso em contraste a seu pai, que fora amado, respeitado e, logo, menos infeliz no comando da Cosa Nostra ítalo-americana, constrói-se aqui uma profunda análise de uma personalidade corrompida pelo dever atávico de proteção dos interesses e de seus entes mais próximos.

Um Estranho no Ninho (1975)

A sensação de liberdade é algo que independe de onde estamos e de como vivemos. Podemos nos sentir livres de diversas maneiras e em diversos lugares. Da mesma forma, estar preso não quer dizer necessariamente que estamos encarcerados ou cercados por muros e grades. Podemos nos sentir sufocados, cercados, aprisionados, mesmo que estejamos no mais livre dos lugares do planeta. A questão é: temos coragem de lutar para conquistar a liberdade que desejamos? A prisão psicológica de um grupo de pessoas dentro de uma instituição para doentes mentais (ou manicômio) e o caos que “um estranho no ninho” provoca naquelas vidas é o fio condutor do belíssimo drama dirigido por Milos Forman e estrelado brilhantemente por Jack Nicholson.

Guerra nas Estrelas (1977)

George Lucas um dos homens mais ricos e poderosos de Hollywood, enfrentou sérias dificuldades para tirar Star Wars do papel. Parecia que nem os próprios atores acreditavam que aquela fantasia toda poderia funcionar de verdade nas telas. Que todos aqueles efeitos especiais não eram um sonho insano de um diretor mais louco ainda que conseguiu uma verba para realizar seu filme. Star Wars simplesmente desabrochou, passou por cima de todas as dificuldades de produção e se tornou um fenômeno. Uma obra completa, cheia de vida, significado e uma diversão pipoca da melhor qualidade igualada por poucos filmes de gêneros fantásticos com o passar dos anos. Tudo isso graças ao esforço e a confiança extrema que Lucas teve em si próprio.

Apocalypse Now (1979)

Não bastasse ter dirigido as obras-primas “O Poderoso Chefão” e “O Poderoso Chefão: Parte II”, o que já garantiu seu nome na história do cinema para sempre, Francis Ford Coppola ainda viria a dirigir e produzir em 1979 “Apocalypse Now”, maravilhoso estudo sobre a ambiguidade do ser humano e os irreparáveis efeitos causados pela guerra em sua mente. Repleto de cenas memoráveis e atuações marcantes, o longa consegue ser mais do que um libelo anti-guerra, explorando a fundo os limites da loucura e do poder, e mostrando ainda como é curta a distância e frágil a linha que separa a racionalidade da irracionalidade dentro do ser humano.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...