sexta-feira, 9 de outubro de 2015

As franquias de Cinema que não deram certo.

O verão norte-americano e, consequentemente, as férias de junho/julho no Brasil, é abarrotado de séries cinematográficas. No entanto, nem toda empreitada dá certo. Várias franquias para o cinema foram emperradas por fatores diversos, boa parte deles ligados a um saldo negativo nas bilheterias.



A Bússola de Ouro (2007) 
O diretor Chris Weitz levou aos cinemas a adaptação do primeiro livro da trilogia escrita pelo renomado Philip Pulman, tendo como principal atrativo os nomes de Daniel Craig, Nicole Kidman e Eva Green no elenco. O resultado gerou uma divisão de opinião tanto de público, quanto de crítica. Esta dúvida e a baixa arrecadação do longa fez com que uma sequência para a história também fosse deixada na gaveta. Particularmente, acredito no potencial da franquia, ainda que precise de mais ousadia para se tornar inesquecível.



As Crônicas de Nárnia (2005/2008/2010/2012) 

 Ninguém duvida da capacidade de C.S. Lewis contar histórias. Os livros que deram origem aos filmes de Nárnia são maravilhosos dentro de sua proposta e direcionados ao seu público infanto juvenil. Uma franquia de sucesso estava nas mãos da Disney, que apostou muito dinheiro para transformar Nárnia em uma espécie de concorrente direto a “Harry Potter”. Por um lado, a bilheteria era razoável, ainda que insuficiente para suas grandes proporções. A franquia sempre andou em uma corda bamba e precisou de três anos para seu segundo exemplar ser lançado. Já com a pouca animação da franquia, a Disney decidiu se livrar da realização e passou para as mãos da 20th Century Fox a responsabilidade de trazer algum diferencial que dê um up na série.




Eragon (2006) 

A história escrita por Christopher Paolini narrava a vida do menino que conhece um dragão e vive grandes aventuras. O longa foi uma das grandes decepções da 20th Century Fox. Ainda que os livros sejam elogiados pela forma como aborda esse universo interessante dos dragões e seus heróis, “Eragon” não obteve sucesso e foi guardado na gaveta, sem esperança de que a franquia se renove.




 Príncipe da Pérsia (2010) 




Com Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo as desconfianças surgiram desde o início, apesar da inicial aprovação do público com a contratação do inglês Mike Newell (que foi muito bem em Harry Potter e o Cálice de Fogo). A escalação de Jake Gylenhaal como o príncipe fugitivo do título gerou reclamações de fãs mais fervorosos do game e de cinéfilos em geral. Gylenhaal não correspondia exatamente a descrição física de um persa. No entanto, não podemos atribuir ao ator a culpa do fiasco de Príncipe da Pérsia. O primeiro e único filme até que faturou bem para garantir uma possível continuação, mas como tem acontecido com as grandes produções nos últimos anos, o orçamento (o que inclui as campanhas de divulgação do longa) foi muito alto e não compensou os lucros. Assim, todos os planos iniciais de uma trilogia foram abortados.



Desventuras em Série (2005) 

A Universal demonstrou interesse na série, seguindo a tendência das adaptações de livros infanto-juvenis inspirada pelo sucesso de Harry Potter, e resolveu transformar as três primeiras obras (Mau Começo, A Sala dos Répteis e O Lago das Sanguessugas) em um único filme. Brad Silberling, diretor de Gasparzinho e do romanceCidade dos Anjos, foi contratado para comandar o longa e Jim Carrey ficou responsável por dar vida ao Conde Olaf, o que animou muita gente já que o ator seria a figura ideal para interpretar um personagem tão multifacetado quanto ele. Meryl Streep, Jude Law, Dustin Hoffman e Catherine O’Hara completaram o elenco com participações pontuais. Emily Browning (de Beleza Adormecida, Pompeia e Sucker Punch, criança na época), Liam Aiken e as gêmeas Kara e Shelby Hoffman foram escalados para viver os irmãos Baudelaire.

O filme recebeu três indicações ao Oscar (direção de arte, figurino e trilha sonora), venceu uma estatueta do prêmio (melhor maquiagem), recebeu críticas moderadas, as crianças foram aprovadas, bem como a interpretação de Jim Carrey, tudo conforme o figurino. Contudo, Desventuras em Série desapontou com sua pálida performance comercial e por isso também não foi adiante como franquia cinematográfica.

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