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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Gênios do cinema atual - Parte 2

O cinema possui bem mais de um século de idade agora e temos sido abençoados por diferentes filmes de grandes mestres do cinema ao longo deste período. Muitos Desbravaram grande terreno nas primeiras partes do século passado por causa da relativa juventude da forma de arte. Enquanto o cinema é ainda mais novo do que as artes tradicionais, tornou-se difícil para os cineastas diferenciarem de seus antecessores, as novas tecnologias e o CGI não bastam precisamos de arte.
A Maioria dos cineastas aspirantes querem ser identificados como artistas únicos, com obras intimistas, belas e profundas. Nessa segunda parte continuamos com os grandes diretores que alcançaram um modo de arte em uma indústria movida pelo dinheiro.
Obs. Note-se que está lista não possui grandes diretores autorais como Tarantino, Gus Van Sant e Woody Allen entre outros. Optamos por criar uma lista mais indie mostrando diretores que inovaram em seus projetos com orçamentos minúsculos e ainda não são tão reconhecidos pelo grande público.

Carlos Reygadas

Há diretores cuja autoralidade nasce dos filmes e outros cujos filmes nascem da autoralidade. Carlos Reygadas é desse segundo tipo. Parece ter um projeto estético anterior aos três filmes, um projeto de olhar sobre o humano, que persegue na escolha dos assuntos e nas opções visuais. Longos planos-sequências, poucos diálogos, uma marcação dura para os atores, personagens aparentemente abduzidos ou dopados e uma tendência a mostrá-los mal no início e pior no final, assumindo um ponto de vista pessimista, que supõe um movimento de ladeira abaixo.

Wes Anderson

"Sua principal qualidade é que ele tem um modo único de enxergar o mundo", diz Bill Murray sobre o diretor em entrevista ao site de VEJA no Festival de Berlim. O ator é um dos fãs de Anderson e começou a parceria com ele em Três É Demais (1998), segundo filme do cineasta que deu uma reviravolta na carreira de Murray, na época um intérprete de personagens bobos em comédias populares. Desde então, os dois não se largaram mais, trabalhando juntos nos sete filmes subsequentes.
A opinião de Willem Dafoe, que participou de A Vida Marinha com Steve Zissou (2004), O Fantástico Sr. Raposo e O Grande Hotel Budapeste é parecida. "Todos trabalhamos para que Wes se divirta e satisfaça suas fantasias, como diz o Bill Murray. E há prazer em ajudar alguém muito talentoso, com uma abordagem tão pessoal. É por isso que sempre queremos trabalhar com ele."
A insistência em fazer tudo do seu jeito é o que explica sua longevidade na carreira. "Crio tudo do zero simplesmente porque posso. Gosto da ideia de imaginar um espaço inteiro", diz Anderson. Essa necessidade de exagerar na criatividade é percebida particularmente em um ponto curioso de O Grande Hotel Budapeste, que apesar de se passar em um lugar e período muito bem definidos - no Leste Europeu do período entre guerras, com a ascensão do nazismo à espreita -, o cineasta preferiu criar um país fictício como pano de fundo para a trama.
Há 20 anos no mercado e com a carreira consolidada, Anderson não é mais comparado a outros diretores parecidos, como Tim Burton, por exemplo. Sua marca pessoal já é forte o suficiente para que ele não seja confundido.
Nicolas Winding Refn

O cineasta tem uma mão pesada sobre as mazelas da vida. Ele não alivia e tem por hábito filmar o que nem todo mundo tem estômago para ver. Mas, antes de se tornar um cineasta consagrado mundialmente, ele passou por desventuras. Em 2003, lançou “Medo X”, mas o filme foi um desastre de bilheteria e resultou na falência da produtora da época. Querendo sair do vermelho, decidiu fazer duas continuações para “Pusher”. Os esforços de Refn para realizar os filmes, pagar dívidas ao banco e ainda lidar com problemas pessoais foram registrados no documentário “Gambler” (2006).
Anos depois, a sua mulher faria outro documentário, “Minha vida dirigida por Nicolas Winding Refn” (2014), sobre os bastidores de produção de “Só Deus perdoa”, que revelava momentos de intensa insegurança do dinamarquês — sentimento talvez inimaginável quando se vê o resultado sólido e afiado do filme. Em comum, os dois documentários denunciam a dificuldade e a comum frustração de se fazer obras pessoais numa indústria comercial.
— O que eu penso, hoje, é que você é o responsável por dificultar ou facilitar o próprio trabalho. No fim, é tudo uma questão de dinheiro. Para se aprender algo, é preciso experimentar novas coisas. Às vezes, você falha. Mas isso é necessário para atingir o sucesso. Minha sugestão para os jovens cineastas é que invistam em produções baratas. Falta de dinheiro não é desculpa para não fazer um filme, especialmente com o avanço tecnológico. Até porque um orçamento grande traz toda uma gama de outros problemas. Nunca haverá uma situação perfeita. A vida é curta. Vá lá e faça o máximo de coisas que conseguir.
Steve McQueen

 Foi em 2008, como diretor e roteirista de "Hunger" (Fome), estrelado por Michael Fassbender, que Steve teve seu talento reconhecido. O longa que é baseado em uma história real, que se passa durante a greve de fome em um presidio na Irlanda, e mostra como o prisioneiro Bobby Sands (Fassbender) leva seu corpo e sua mente ao desgaste intenso. O filme foi muito bem recebido pela crítica e Steve ganhou inúmeros prêmios, como Golden Câmera no Festival de Cannes, e melhor Diretor e Roteirista no BAFTA e Descoberta Europeia do ano no European Film Awards.

Spike Jonze


Estar na mente de outra pessoa e viver as suas sensações, tornar-se o personagem do seu próprio filme, ser um menino solitário e de repente estar em um mundo paralelo com seres fantásticos ou apaixonar-se perdidamente pela voz de um sistema operacional chamado Samantha. Ideias nada convencionais que, adaptadas para o cinema, tornaram Spike Jonze um dos cineastas mais criativos dos últimos anos. Quando algo leva sua assinatura, esqueça as convenções. A aposta é sempre um pé no surreal e outro nas angústias humanas.
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