Confira a lista dos melhores filmes
da década de 80 com a melhor média de avaliações feitas por usuários do site
IMDb. Só entraram na lista filmes com pelo menos 6 mil avaliações. Ainda que
você, como eu, não concorde com a ordem, com a presença ou com a ausência de
alguns filmes, há de convir que está lista dá boas dicas do que assistir no
próximo fim de semana.
Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980)
George Lucas Fez um roteiro tão
divertido quanto o primeiro e aprofundou em todos os aspectos o mundo
apresentado pelo filme anterior. Se tudo já era encantador e mágico, agora é
ainda mais interessante e amplo, com ambientes variando desde geleiras enormes
até chuva de meteoros! O leque de opções é imenso, afinal, estamos falando de
um mundo espacial, e Lucas soube aproveitar muito bem isso a favor do filme. Os
personagens ficaram mais profundos, as motivações de Darth Vader e Luke
Skywalker ganham uma nova importância, alguns detalhes e características
pessoais são apresentadas também, identificando mais e mais cada um com o
público.
Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Spielberg havia acabado de inventar os blockbusters de verão
norte-americanos com Tubarão (1975) e feito uma obra-prima chamada Contatos
Imediatos do Terceiro Grau (1977) quando George Lucas, ocupado demais com uma
certa trilogia nas estrelas, resolveu lhe apresentar a idéia de um arqueólogo,
fanático por objetos de incalculáveis valores, que parte atrás da arca que
contém os Dez Mandamentos. Nascia assim Indiana Jones e os Caçadores da Arca
Perdida, previsto para ser apenas uma homenagem aos filmes de aventura da
década de 30, 40, mas que ganhou enormes proporções e se tornou um dos ícones
da história do cinema.
De Volta para o Futuro (1985)
Os anos 80 foram palco de grandes
clássicos da história do cinema. Muitas vezes subestimados no aspecto
artístico, filmes como Os Goonies, Curtindo a Vida Adoidado, Os Garotos
Perdidos, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida e, é claro, De Volta
Para o Futuro possuem muito mais do que apenas boas histórias: suas estéticas e
conteúdo são exemplos perfeitos de que a arte e a diversão podem caminhar lado
a lado quando os nomes por trás das obras são competentes o suficiente para
tal.
Muito antes de sua consagração por Forrest
Gump – O Contador de Histórias, Robert Zemeckis lançou seu melhor filme, a
obra-prima que seria lembrada por muitos e muitos anos. Viajar no tempo sempre
foi um tema fascinante, afinal, aproxima dois pólos distantes através de um
único recurso, presente em qualquer ser humano: a imaginação. Imagine, então,
reviver os grandes momentos da história, mas ao invés de livros e estudos, estar
lá, presente, no local.
O Iluminado (1980)
Stanley Kubrick disse, certa vez,
que adorava adaptar livros medíocres, porque sempre resultavam em bons filmes.
Essa foi uma indireta bastante direta para Stephen King e seus fãs, que bateram
o pé e até hoje se contorcem para sua adaptação de O Iluminado, que alguns
dizem ser o livro mais assustador de King. Muitos consideram este o trabalho
mais fraco do diretor. Opinião que, obviamente, já devem ter percebido que não
compartilho. Acho este filme, do início ao fim, uma obra-prima do horror, e não
é difícil entender o porquê.
É fato que as histórias de King
funcionam nos livros, pois instigam nossa imaginação, mas na tela tudo fica
mais trash. Ao invés de dar medo, acabamos rindo, por mais bem feitos que sejam
seus monstros. Não é de se espantar que os melhores filmes baseados em suas
obras, além deste, sejam Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre -
justamente dramas, que não utilizam do artifício "monstros de borracha
somados à efeitos especiais" para funcionar. E é justamente esse o ponto
crucial para o filme de Kubrick ser tão bom, e, ao mesmo tempo, tão odiado
pelos adoradores da obra de origem.
Ele retirou todos os monstros e
tudo mais que têm no livro e manteve apenas o climão e as atitudes de Jack. Com
isso, tudo ficou mais sugestivo, misterioso. Apenas alguns monstrinhos, no
final do filme, servem de aperitivo aos fãs e dizer, para nós, que estamos
assistindo ao filme, que existia algo muito mais macabro do que poderíamos
imaginar. Kubrick preferiu se concentrar na degradação dos personagens no
sentido psicológico pelo ambiente, e não totalmente pela sobrenaturalidade.
Esse ponto é importante, porque para os personagens, Jack apenas enlouqueceu
devido a solidão, mas para nós, que estamos assistindo, sabemos melhor tudo o
que está acontecendo.
Aliens, O Resgate (1986)
Sucesso absoluto de público e
crítica, o filme foi um divisor das obras de ficção científica. A produção bem
cuidada, o roteiro seguro e a direção competente de Scott, criaram uma
ambientação claustrofóbica em formato de pesadelo futurista. O designer do
monstro ficou a cargo do artista plástico suíço H. R. Giger, que fez um
trabalho marcante, enquanto a então estreante atriz Sigourney Weaver, teve
atuação também marcante como a Tenente Ripley, a única sobrevivente da tragédia
espacial, o que carimbou seu passaporte para o hall das grandes estrelas de
Hollywood.