Cinema Paradiso (1988)
Uma das coisas mais belas que a
vida nos traz são as amizades que conseguimos ao longo dela. Não importa se são
entre mulheres, homens, jovens, adultos, ou até entre crianças e adultos, desde
que elas sejam verdadeiras. Isso é o que o diretor Giuseppe Tornatore, de Cinema
Paradiso, nos mostra, em uma linda história entre uma criança que adorava ir ao
cinema e o projecionista do local, que já era uma pessoa mais vivida. Quem é fã
de cinema e já assistiu a esse filme sabe do que estou falando.
O Barco – Inferno no Mar (1981)
“O Barco” é um grande filme não
renega os aspectos ideológicos da II Guerra, mas também não os aprofunda.
Wolfgang Petersen (que em Hollywood faria o razoável “Tróia”) tem o cuidado de
construir um personagem principal complexo, cheio de nuances. O comandante do submarino
(Jürgen Prochnow) é calmo, quieto e reservado. Jovem, tem apenas 30 anos, mas
muita experiência em missões arriscadas. Ele nos é apresentado durante a festa
de despedida, em um salão de festas da cidade de La Rochelle, na França, base
naval dos nazistas em 1941. Os soldados urinam nos carros dos oficiais. Os mais
graduados, por sua vez, caem de bêbados. O recado é claro, mas sutil: a guerra
está perdida, e todos os alemães já sabem disso, em maior ou menor nível,
embora ninguém tenha coragem de pronunciar nenhuma palavra que o indique.
Era Uma Vez na América (1984)
O encerramento de sua “Trilogia
da América”, seu canto de cisne e a obra que muitos têm por sua magnum opus:
Era Uma Vez na América (Once Upon a Time in America, 1984). O título, como
acontecia no primeiro filme da trilogia (e uma das traduções do segundo filme,
“Era uma vez a Revolução”), confere todo um caráter de fábula à obra,
reforçando a intenção de Sergio Leone de não se ater necessariamente à história
real em si, mas à nossa percepção dela - como todo olhar é necessariamente um
recorte, um ponto de vista de onde se parte para chegar a uma conclusão, ou
resumindo, uma construção dramática. Agora o italiano se encarregava de falar
sobre um cenário mais contemporâneo, entrando no gênero dos filmes de máfia e
gangsteres, abordando a formação social urbana do continente norte-americano
após propor o descortinamento de suas raízes mais remotas no consagrado Velho
Oeste.
Túmulo dos Vagalumes (1988)
As animações japonesas são,
geralmente, fofinhas ou cheias de bichos malucos metafóricos, ou então criam os
mais fantásticos guerreiros que lutam por suas causas; mas O Túmulo dos
Vagalumes, lançado em 1988 pelo mesmo estúdio de Hayao Miyazaki (Ghibli), é um
contraste forte com a filmografia da empresa. Ao invés de beleza, alegria,
vontade de viver, essa obra de Isao Takahata, baseada no livro com a
experiência real de Akiyuki Nosaka, é um tiro na consciência de cada um. Até a
pedra mais resistente cede à sua força. Uma das obras mais chocantes que a
animação já ouviu falar.
Star Wars, Episódio VI – O
Retorno do Jedi (1983)
Depois de seis longos anos de
trabalho, George Lucas finalmente concluira sua trilogia. Mesmo que algumas
coisas tenham deixado a desejar, o carisma dos personagens e a conclusão
satisfatória da idéia fazem de Star Wars uma das melhores trilogias da história
do cinema. São horas e mais horas da melhor pipoca, da clássica aventura do
herói contra o vilão que quer dominar o mundo (oops, o universo) e uma nova
religião que perdura por anos e anos até os dias de hoje. Não foi a toa que
Star Wars Episódio I - A Ameaça Fantasma tornou-se um dos filmes mais esperados
de todos os tempos...